quarta-feira, 27 de abril de 2011

O GLOBO ENTREVISTA Oliver Sacks... Música domina o cérebro humano, diz neurologista

Matéria retirada do blog do favre.

  De todos os animais, o homem é o único dotado de ritmo, capaz de responder à música com movimentos.
É também o único a apresentar um cérebro adaptado para compreender complexas estruturas musicais e ainda se emocionar com elas. Músicos apresentam alterações em regiões cerebrais jamais vistas em outros profissionais. Para o neurologista britânico Oliver Sacks, a musicalidade é tão primordial à espécie quanto a linguagem e entender a relação entre música e cérebro é crucial para a compreensão do homem.
Em seu mais novo livro, “Alucinações musicais” (Editora Companhia das Letras), o especialista relata casos de pessoas que reagem à música de formas incomuns. Há os que simplesmente não conseguem ouvi-la. E há os que a ouvem o tempo todo, mesmo quando nenhuma melodia está tocando.
Há gente que passou a ouvir os sons de forma diferente após ser submetido a uma cirurgia cerebral. E mesmo os que desenvolveram um incomum talento musical. Nesta entrevista, Sacks conta que há um vasto caminho ainda a percorrer para que se possa entender completamente esses fenômenos. Mas uma coisa, diz, é fato: “A música se apossou de muitas partes do cérebro humano.”
Roberta Jansen
O GLOBO: O senhor concorda com Charles Darwin quando ele diz que a música teve um papel importante na evolução? Especificamente na seleção sexual, como um atrativo a mais para o sexo oposto? OLIVER SACKS: Como o comportamento e as suscetibilidades não deixam registros fósseis, é difícil saber como nossos ancestrais se comportavam.
Mas estou inclinado a pensar que a música surgiu muito cedo na espécie humana, tão cedo quanto a linguagem. Linguagem e música são fontes de comunicação primordiais.
O senhor discorda, portanto, de Steven Pinker e de outros especialistas que sustentam que a música é um subproduto do aparato sensorial, prazerosa mas dispensável? SACKS: Sim, discordo de Pinker.Não vejo a música como algo acidental e trivial, como um subproduto da linguagem.A música está presente em todas as culturas e apresenta, nos seres humanos, aspectos únicos que não têm paralelo na linguagem. Falo do ritmo, do fato de respondermos à música com movimentos. Nenhum outro animal faz isso. É preciso ver o ritmo como algo primordial na evolução humana.Porque todos os seres humanos respondem a ele. A música une as pessoas. E há conexões específicas no cérebro para isso.

Unir as pessoas poderia ser uma vantagem evolutiva? SACKS: Não posso dizer que a musicalidade humana se desenvolveu para unir as pessoas.Mas algo surgiu, se mostrou vantajoso e houve a seleção dessa característica. É claro que a musicalidade é uma vantagem evolutiva. Nenhum outro animal dança com ritmo, mas qualquer criança o faz. Isso pode ter sido um fenômeno quando surgiu, todos esses pequenos seres dançando.
De que forma isso é marcado no cérebro humano? SACKS: Muitas partes do cérebro se desenvolvem com a percepção, o aprendizado e a imaginação do ritmo. De novo, nenhum outro animal tem a capacidade de ouvir e analisar sons complexos, com tons, semitons, ritmos, palavras.Essa habilidade é especificamente humana. Mesmo pessoas que sofrem de mal de Alzheimer ou tiveram um derrame respondem à música.Várias estruturas do cérebro se relacionam a isso.
De que forma? SACKS: A música se apossou de muitas partes do cérebro humano. É possível ver como o cérebro se modifica em resposta à música. Estudos com imagens do cérebro já comprovaram a ampliação de determinadas regiões no cérebro de músicos. Vendo imagens de cérebros, não dá para dizer quem é matemático ou escritor. Mas dá para dizer facilmente quem é músico quando essas estruturas ampliadas aparecem.

Há alguma parte do cérebro especialmente voltada para música? SACKS: Não há uma só parte do cérebro. A música está em todo mundo, por todo o cérebro, envolve várias partes desse órgão e não necessariamente as mesmas. Isso é que é o mais incrível.
Mas há também os que não respondem de forma alguma à música, não é? SACKS: Sim, há algumas pessoas que não percebem musica e ficam muito impressionados com os relatos. Há outros que não ouvem determinados tons ou semitons. Essas amusias ocorrem em razão de danos no cérebro. Parte da rede que está faltando.
E as alucinações musicais? Até que ponto elas poderiam ser interpretadas como um problema psicológico? SACKS: Quando uma pessoa tem alucinação musical (ouve música que ninguém mais está ouvindo), a primeira coisa que pensa é que ficou louco, que está ouvindo coisas. Mas é um processo completamente diferente de ouvir vozes como os esquizofrênicos. Eles recebem ordens, é bem diferente e as pessoas enfatizam isso. Alucinações musicais são bem comuns, são como velhas memórias que tocam na mente. Não é uma doença mental.

Por que a música muitas vezes provoca uma reação emocional? Como o cérebro é capaz de diferenciar uma melodia triste de uma alegre? SACKS: Um dos maiores poderes da música é controlar emoção, desenvolver, provocar respostas emocionais. Anatomicamente, podemos dizer que algumas regiões do cérebro afetadas pela música estão perto daquelas ligadas às emoções, envolvidas nas percepções dos cheiros que despertam memórias. Mas ainda não está claro como essas respostas emocionais ocorrem.
Não se sabe ainda o quanto depende da cultura.

Link: http://blogdofavre.ig.com.br/2007/09/musica-domina-o-cerebro-humano-diz-neurologista/

Jovem que estuda música protege cérebro em idade avançada

 Matéria de Folha de São Paulo - 25/04/2011 - 17h01.

As muitas horas dedicadas ao aprendizado de música trazem benefícios a longo prazo, mostra um estudo publicado na versão on-line do jornal "Neuropsychology", da Associação Americana de Psicologia.
A pesquisa indica que aqueles que tocaram instrumentos musicais por muitos anos parecem formar uma proteção natural contra perdas cognitivas que costumam ocorrer durante a terceira idade.
Mesmo que essas pessoas tenham largado o instrumento em algum momento das suas vidas, a mente ainda se mostra afiada na idade avançada, se comparada àqueles que nunca aprenderam música.

(imagem da internet)

 Um grupo formado por 70 musicistas com idade entre 60 e 83 anos se submeteu a variados testes de memória e habilidade para captar informações novas, entre outras situações.
O resultado é que se saíram melhor nas provas quem tocou música durante nove e dez anos. O que sugere que quanto mais as pessoas tocam, mais benefícios terão no futuro.
O piano ficou como o instrumento mais popular entre os músicos, seguido dos instrumentos de sopro. Todos eram amadores e tinham em comum terem iniciado aulas de música por volta dos dez anos.
O estudo também considerou o preparo físico e o nível educacional dos participantes. E, o que chamou a atenção, é que havia igualmente a relação entre a capacidade cognitiva e os anos de atividade musical se os voluntários estavam ou não envolvidos com música atualmente.
A descoberta mostra que o funcionamento cerebral pode ser alterado e a música pode ser um assunto para considerações futuras porque envolve uma combinação de capacidades motoras, leitura, audição e ações repetitivas.

Link: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/906945-jovem-que-estuda-musica-protege-cerebro-em-idade-avancada.shtml

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Menestrel Material Pedagógico

O Menestrel é um site que fornece materiais pedagógicos bastante interessantes, e envia para todo o Brasil.




Kit COMPASSO

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R$90,00
Conjunto para ensinar formação de compassos Material: 1 base feita em E.V.A. (Etil Vinil Acetato) e 2 placas para adequar o espaço
Tamanho da semibreve: 9.5cm x 24cm
Quantidade: 66 peças

É um conjunto adequado para se mostrar a formação dos compassos, principalmente para se constatar o tamanho relativo das figuras musicais. O Kit total é composto de 66 peças, possibilita ao professor montar o compasso desejado utilizando as peças em cor branca,(as unidades de tempo) e pedir ao aluno para montar o compasso sugerido utilizando-se das peças em cor amarela (figuras) .
Material atóxico, muito agradável de manusear, leve e colorido.
Também tem 63 peças, em material chamado PVC, durável, resistente e de ótima aparência (material com que se faz cartões de crédito). A semibreve, que representa O TODO, mede 9,5cm x 24cm. As demais peças são divisões matemáticas desse tamanho, formando as demais figuras da música.

Acompanha manual de uso, com exemplos de montagem, mas a criatividade do Professor (a) é quem vai variar a utilização desse jogo.







Brincando com o SOM (+CD)

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R$105,00
Brincando com o SOM ........ (com CD) preço 90,00
peso: 530 gramas
Para trabalhar com as Propriedades do SOM

Material: PVC
Tamanho: cartas-base de 19,5cm x 8,5cm
Quantidade: 5 cartas-base + 58 cartas de 8,5cm x 10cm
.... Agora COM CD......contendo os sons referentes a cada carta

É um jogo divertidíssimo e super criativo para se trabalhar as principais propriedades do Som: TIMBRE - DURAÇÃO - INTENSIDADE - ALTURA. São 58 cartas ( AGORA COM CARTAS NOVAS) com figuras diversas (animais, cenas, objetos, etc) que irão motivar a criança a interpretar o som respectivo e, posteriormente, a classificá-lo adequadamente.
Cada carta contém um número no alto à direita, referente à respectiva faixa do CD, onde se encontra o som alusivo a ela.

A criatividade das formas de aplicação deste jogo é imensa, e apenas como sugestão, apresentamos uma delas na cartela com Manual de Instruções dentro da caixa. Voce, Professor(a), vai se espantar com o desenvolvimento da criatividade dos seus alunos.
... Experimente!





Outros...

















 











quinta-feira, 7 de abril de 2011

Educação Musical: Série Bibliografia Básica - ALUCINAÇÕES MÚSICAIS - Oliver Sacks


 360 Páginas
Ed. Companhia das Letras

A música é uma das experiências humanas mais assombrosas e inesquecíveis, e este livro do neurologista e escritor Oliver Sacks nos faz entender por quê. A exemplo de seus livros anteriores, entre os quais se destacam Tempo de despertar e O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, Sacks nos oferece aqui histórias musicais cheias de drama e compaixão humana envolvendo pessoas comuns ou portadoras de distúrbios neuroperceptivos. O que se passa com o cérebro humano ao fazer ou ouvir música? Onde exatamente reside o enorme poder, muitas vezes indomável, que a música exerce sobre nós? Essas são algumas das questões que Oliver Sacks explora, em seu estilo cativante, nesta admirável coletânea de casos, mostrando, por exemplo, como a música pode nos induzir a estados emocionais que de outra maneira seriam ignorados por nossa mente ou ainda evocar memórias supostamente perdidas nos meandros do cérebro. É impossível não se impressionar com a história do médico que experimenta, depois de atingido por um raio, uma irresistível compulsão por música de piano, a ponto de se tornar ele mesmo um pianista. Ou com os casos de "amusia", uma condição clínica que faz Mozart soar como uma trombada automobilística aos ouvidos da pessoa afetada. Sem contar as histórias de gente afetada dia e noite por alucinações musicais incessantes. O estudo de casos surpreendentes de pessoas com distúrbios neurológicos ou perceptivos ligados à música reitera a crença de Sacks em uma medicina que humaniza o paciente e tenta, junto com a abordagem clínica, integrar as dimensões psicológica, moral e espiritual tanto das afecções quanto de seu tratamento.

Educação Musical: Série Bibliografia Básica - HISTÓRIA DA MÚSICA OCIDENTAL - Donald J. Grout & Claude V. Palisca

 Quase sem ilustrações pictóricas, é um imenso volume de 760 páginas que analisa profundamente todos os períodos históricos, a partir da Grécia, com seus estilos, gêneros, e não deixa de citar nenhum compositor de importância mínima. Quase todo escrito como uma grande crônica, possui vários exemplos musicais transcritos (partituras e reproduções) para exemplificar obras fundamentais de um determinado estilo ou período. É um livro essencial para quem deseja uma história jornalística, imparcial e minuciosa.

760 páginas
Ed. Gradiva
Tópicos:

  • A situação da música no fim do mundo antigo
  • Canto litúrgico e canto secular na Idade Média
  • Os primórdios da polifonia e a música do século XIII
  • Música francesa e italiana do século XIV
  • Música da Inglaterra e do ducado da Borgonha do século XV
  • A era renascentista: de Ockeghem a Josquin
  • Novas correntes no século XVI
  • Música Sacra no Renascimento tardio
  • Música do primeiro período barroco
  • Ópera e música vocal na segunda metade do século XVI
  • Música instrumental no barroco tardio
  • A primeira metade do século XVIII
  • Origens do estilo clássico:a sonata, a sinfonia e a ópera no século XVIII
  • O final do século XVIII
  • Ludwig Van Beethoven (1770-1827)
  • O século XIX: o romantismo; músical voral
  • O século XIX: música instrumental
  • O século XIX:ópera e drama musical
  • O fim de uma era
  • O século XX
Link: http://www.freenote.com.br/

Educação Musical: Série Bibliografia Básica - REGÊNCIA CORAL - Oscar Zander


 Texto
318 páginas
Ed. Vitale

Conteúdo:

CONCEITO DE REGÊNCIA CORAL
conceito geral / condições fundamentais para a regência / fundamentos psicológicos / tipologia e personalidade / a personalidade do regente / o regente como formador e educador de seu grupo

BREVE HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DA REGÊNCIA
pré-história / antiguidade/ idade média/ renascença e baroco/ a escola de Mannhein/ de Mannhein até nossos dias

A TÉCNICA DA REGÊNCIA CORAL
considerações gerais/ regência sem batuta/ atitudes fundamentais/ a atitude preparatória do regente/ posição das mãos/ os gestos dos movimentos preparatórios do regente

A MARCAÇÃO
os diferentes modos de marcação dos compassos/ as terminações simples e as terminações com fermata/ a fermata e os acompanhamentos dos solos nos oratórios e cantatas/ a prática da marcação correta e a marcação viciada/ a mudança de andamentos e de compassos/ a marcação subsividida dos tempos/ as diferentes acentuações da frase musical

O MOVIMENTO DAS VOZES NO DECURSO DA MÚSICA
as entradas das diferentes vozes/ as mudanças de compasso na música antiga e contemporânea/ a educação rítmica do coro/ os compassos alla brece

O REGENTE E SUA PRÁTICA PESSOAL
o regente como músico e como autoridade no conjunto/ a regência empírica, intuitiva e inconsciente/ a concentração do regente/ a ginástica como auxílio técnico e fator de equilíbrio

O CORO E SEUS DIFERENTES ASPECTOS
aspectos humanos do coro/ o passado histórico do coro/ a estrutura do coro/ a extensão das vozese seus registros/ atitudes do cantor no coro durante o canto/ meninos cantores/ o coro sacro/ coros de óperas

AS DIFERENTES DISPOSIÇÕES DO CORO E FORMALIDADES EM GERAL
As disposições fundamentais do coro/ formalidades e disposições na apresentação

A VOZ E SUA EDUCAÇÃO NO CORO
considerações gerais sobre educação da voz no coro/ a formação da voz/ a respiração/ exercícios de sonorização das vozes

A AFINAÇÃO
a afinação e a desafinação no coro/ as causas musicas da desafinação/ recursos através dos gestos para uma afinação limpa e pura

A TÉCNICA DE ENSAIO
as passagens difíceis da partitura/ as expressões precisas nos ensaios/ os efeitos do coro/ as coloraturas e vocalises nos séculos XVI e XVII

A REGÊNCIA DOS RECITATIVOS

DIFERENÇAS E PARTICULARIDADES NA REGÊNCIA CORAL E ORQUESTRAL
as diferenças técnicas na regência coral e orquestral/ sugestões para o regente de coros na regência orquestral/ particularidades da marcação nos ensaios com orquestra.

Link: http://www.freenote.com.br/


OS ESTILOS DA MÚSICA CORAL
conceitos de estilo/ as obrasda idade Média, Renascença e Barroco/ o Rococó / Os diferentes sentidos do termo coral

AS FORMAS DA MÚSICA

A ESTRUTURA DO PROGRAMA   - A APRESENTAÇÃO NO CONCERTO.