quarta-feira, 30 de maio de 2012

Música para 1º e 2º anos: 7 Inclusão.

Atenção: Leia as postagens na ordem do roteiro didático no menu Música para 1º e 2º anos: Revista Nova Escola a direita da tela.

7.1 Deficiência visual


Explore a audição e a sensibilidade dos alunos nas aulas


Os alunos cegos costumam desenvolver uma sensibilidade rara para sentidos como o tato e a audição. Por isso, explore bem as atividades de apreciação e escuta de obras musicais, assim como as vivências em grupo, que envolvam movimentos, atividades de produção de sequências rítmicas e de percepção das variações sonoras.

Colocar esses alunos em contato com os instrumentos musicais, oferecendo tempo para que analisem os materiais de que são feitos e sua lógica de execução é muito importante. O canto também deve ser estimulado.

Nas aulas sobre história da música, sempre ofereça os textos de apoio em braile para o aluno, mesmo que ele ainda não domine este sistema de escrita (é importante familiarizá-lo com esta linguagem). Quando realizar atividades de escrita musical combinadas com a turma, utilize materiais em relevo (cola de relevo, pedaços de tecido, de barbante, ou palitos de sorvete, por exemplo), desde que tenham diferentes formas e texturas - para representar diferentes ritmos ou variações sonoras. Nesses casos, é importante antecipar a sequência rítmica que será trabalhada para o aluno com deficiência visual, pois se a atividade envolver a percussão com o corpo, por exemplo, ele não conseguirá ler e tocar simultaneamente. Caso você trabalhe com a notação musical formal, existem adaptações para o braile, mas no momento da execução em instrumentos, o aluno deverá saber a composição de cor. Por isso, deixe que ele ouça muito e amplie o tempo de realização das etapas de uma sequência didática sempre que necessário.

No contraturno, conte o apoio do profissional responsável pelo atendimento educacional especializado (AEE), que vai ajudar o aluno a aprender o braile.

Link: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/musica-1o-2o-anos-640283.shtml?page=7.1



7.2 Deficiência auditiva


Estímulos visuais e táteis ajudam os alunos surdos a perceber (e a gostar) de música

Música é uma sequência de sons. Mas não apenas isso. Já falamos neste roteiro que a música é uma linguagem dotada de sentido, que nos ajuda a evocar emoções e sentimentos. Tenha sempre isso em mente quando for trabalhar com seus alunos com deficiência auditiva. A música está intimamente ligada ao movimento e você pode apresenta-la aos seus alunos com base em estímulos visuais.

Para trabalhar as noções de ritmo e de musicalidade com os alunos surdos vale investir em recursos como a percussão corporal (desenvolvida com base nos movimentos indicados por você ou realizados pelos colegas) ou em gestos que representem variações na melodia da música, como por exemplo, os jogos onde as crianças se abaixam nas notas mais graves e se levantam quando aparecem notas mais agudas. Alguns alunos também conseguem tocar instrumentos de percussão, porque são capazes de sentir a vibração.

Nas atividades de canto, apresente antecipadamente ao aluno surdo a letra da canção que será trabalhada, pois ele poderá interpretá-la em libras, com a ajuda do profissional responsável pelo atendimento educacional especializado (AEE).

Nas aulas de audição e apreciação de obras, nem pense em deixar o aluno com deficiência auditiva de lado. Ofereça a ele um papel protagonista, como por exemplo, pesquisar e apresentar aos colegas, informações sobre o artista e o estilo musical que estão sendo estudados pela turma.

Explore também os recursos de escrita musical, sejam as escritas combinadas ou a música "visível" em partituras ou em programas de computador. As barras de áudio dos programas de reprodução e gravação de áudio representam as oscilações na melodia e nas variações de altura, intensidade e duração dos sons. Esses programas contribuem para que o aluno toque instrumentos e interprete canções a seu modo, junto com os colegas.

Link: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/musica-1o-2o-anos-640283.shtml?page=7.2


7.3 Deficiência física


Explore os movimentos possíveis para o aluno na hora de planejar as aulas

Se você tem alunos com deficiência nos membros inferiores, a turma deverá se acomodar em cadeiras nas atividades realizadas em roda (como a produção de sequências rítmicas ou a experimentação de instrumentos), para que todos os alunos fiquem em alturas equivalentes. Nas rodas de ciranda ou nas aulas em que música e dança serão relacionadas, os colegas podem conduzir o aluno na cadeira de rodas, de acordo com o ritmo da música. O aluno acompanha batendo palmas, cantando ou fazendo movimentos possíveis com o corpo. Oriente-o a colocar os instrumentos de percussão - como a caixa ou o tambor, sobre o colo, para que possa tocá-los.

No caso de alunos com deficiência física nos membros superiores, estimule as atividades de percussão com os pés (as batidas de pés no chão ou mesmo a execução de alguns instrumentos, como tambores, chocalhos e pandeiros, que podem ser tocados com os membros inferiores). Se o aluno conseguir segurar as baquetas com órteses ou reforços de espuma, invista nesse recurso.

As atividades de canto e de apreciação musical também devem ser exploradas. Sempre que necessário, antecipe as atividades que serão realizadas e amplie o tempo de realização das etapas de uma sequência didática. O andamento de algumas canções interpretadas com instrumentos de percussão pode ser alterado (deixe mais lento) até que o aluno pegue o jeito e consiga dominar esses dispositivos sonoros. Outra opção é propor ao aluno um segundo acompanhamento, com células rítmicas menos complexas, para que ele acompanhe a turma.

Link: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/musica-1o-2o-anos-640283.shtml?page=7.3



7.4 Deficiência intelectual


Um bom encadeamento das atividades ajuda a prender a atenção desses alunos

A relação com assuntos do cotidiano, que façam sentido para o dia a dia do aluno, ajudam as crianças com deficiência intelectual a apreender os conteúdos. Por isso, sempre leve em conta as músicas que esta criança conhece e que gosta de cantar (ou tocar). Deixe que o aluno explore os instrumentos e proponha as próprias sequências rítmicas, utilizando o corpo, mesmo que ainda não consiga acompanhar tão bem o pulso das canções, por exemplo.

É importante que esta criança adquira, aos poucos, uma postura de estudante, tal qual seus colegas, e possa opinar a respeito das músicas que ouve - o que a criança sentiu ao ouvir a música? A canção lembra algo que ela conhece? E a voz do artista? É bonita, feia, parecida com a de alguém? A participação do aluno com deficiência intelectual nas aulas é fundamental para que ele compreenda a música como linguagem e para que esta linguagem faça sentido para ele.

Fique atento também ao tempo dedicado a cada atividade da aula. Algumas crianças têm dificuldades para se concentrar durantes longos períodos de tempo em uma mesma ação. E como falamos no item 4 (quando ensinar), as aulas de música têm de ser planejadas como se fossem uma espécie de tapeçaria - com várias atividades entremeadas, mas sem perder o fio condutor.

O aluno com deficiência intelectual pode precisar de mais tempo para compreender as variações dos parâmetros sonoros: a altura, a duração, a intensidade e o timbre. Fazer um portfólio dos avanços dos alunos pode ser uma boa ferramenta para avaliar quais potencialidades da criança podem ser exploradas e quais são suas dificuldades.

Conte sempre com o apoio das famílias das crianças e dos profissionais responsáveis pelo atendimento educacional especializado (AEE) para reforçar aprendizagens importantes para o aluno.

Link:  http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/musica-1o-2o-anos-640283.shtml?page=7.4

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